Não acho que gostar é saber tudo, que amar é prender, é prestar homenagem àquela pessoa. É querer o melhor, mesmo não conhecendo.
Acontece muito de "amarmos" quem não conhecemos, um ator, um cantor, alguém lá fora, que independente do que faz, da beleza, é igual à nós: Humano.
Somos o mesmo, mas diferentes. Cada um é único, cada pessoa existe porque existe, é do jeito que é, porque é do jeito que é.
Monopolizamos o que não é nosso, o que está tão além de nós. Não que não mereçamos ou que sejam melhores, mas além por não estarem aqui, presentes.
Minha professora de sociologia disse uma vez que existe tipos de proximidade, uma pessoa pode ser próxima sem intimidade, ou com. E que falar por email, msn, etc, não é um tipo de intimidade grande, não é pessoal, eu a provo errada, eu sou uma excessão dessa regra.
Mas não é por isso que escrevo.
Há alguns dias, minha tia fez uma colocação sobre um cantor que eu admiro muito, Cazuza. Ela disse que ele se perdeu quando descobriu a AIDS, que saiu fazendo sexo adoidado e passando para todos que podia. Eu perguntei para minha mãe se era verdade, ela disse que não. Que ele não beijava a própria mãe no rosto, que eles tinham medo, tinham preconceito. Mas eu percebi, que independente dessa ação, mesmo se ela for verdadeira, eu gosto dele. Sinto simpatia por sua pessoa, por quem foi, por quem será, por seu sofrimento, por tudo. Não é porque ele é famoso, porque sofreu, eu apenas gosto.
Não preciso correr atrás para gostar, apenas fechar os olhos e imaginar uma música basta. Apenas saber que ele pôde aproveitar e ser feliz enquanto cantava, isso basta...
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